Ilusões sombrias!
Apenas busco o silêncio da minha alma
Não a consigo escutar, o barulho a assusta
O mundo esta em constantes desatinos
Sofrendo transformações, sofrendo e sofrendo
As barbaridades de um mundo consumista
Jogar o lixo, nos mares, nos rios, no chão!
Usar materiais radiativos, venenos, vírus
Para que tudo seja lucro de alguém egoísta
Alguém altruísta, capitalista e sombrio.
Esse alguém tem família, usa e abusa
Mata a fome a famílias quem sabe? Será?
E a nossa fome espiritual, que em cada dia
Se tornando mais sombria apenas esquecida
Na luta diária, nos pedacinhos de empecilhos
E que cada dia nos afunda na sujeira da vida, vivida!
Minha alma chora! Pela agonia das nossas baleias
Chora! Pelo desmatamento da Amazônia! Chora.
Meus olhos já não conseguem olhar, o lixo jogado
O desrespeito pelos animais, a invasão sobre a terra
Os rios sujos, cheios de dejetos humanos, bonito não!
Antes os peixes eram livres, sarados, nadavam apenas
Hoje suas águas são imundas, água que muitos bebem
Hoje já não vivo mais de Ilusões, já não acredito mais
Que vai tratar bem as nossas crianças, até as suas mães
Nem muito menos os nossos amados velhinhos, os sábios
Jogados como pedaços de histórias em um quarto escuro
Eu também não vou mais acreditar que não existem assassinos
Nem mais estupradores, violência domestica, abuso de poder
Guerras, uso da fé, abuso da bondade de muitos cidadãos
Nem mesmo na competência de nossos governantes, corruptos!
Este meu mundo cada dia avança, direto na negatividade, crueldade
Entre sombras de duvida, mastigando o medo, o descrédito
E eu não crio mais ilusões, mas não desisto de acreditar
Que um dia ainda vai ser possível mudar tudo isto! Eu quero sonhar!
Apenas eu quero acreditar, senão foi em vão tudo o que eu disse aqui!
Betimartins
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