Enchem-se os pulmões de ar açambarcando o cansaço
Perde-se o olhar para além do horizonte num constante esgotamento
Visualizam-se as estrelas distantes iludindo a fraqueza
Aguarda-se num banco solitário mitigando a fadiga
Que estafa esta a que nos coagimos
Que algemas nos prendem ao desalento desta vida!
Desconforto sem piedade abafando soluços de lágrimas
Que dias cinzentos estes em total esmorecimento
Que grilhões nos adestram em estado de prostração
Transportando nos ombros o paradigma do abatimento
Braços que se erguem ao céu pedindo clemência em extenuação
Coragem e ânimo para afastar o inevitável aniquilamento
Por onde andas espírito da água feito imensidão oceânica?
Espírito da terra gerando devastação e renovamento
Que é feito de ti espírito do ar originando agitação
Na busca desgovernada do perfeito
Porque não vens espírito do fogo refeito em luz do genuíno conhecimento?
Vem!
Pois assim o vigor retorna alma serena
Existência que do caos ressuscita em convalescido alento
Destronando as sombras do desânimo
E então o fôlego em abraço se permite expulsando o esgotamento
O entusiasmo transforma-se em companheiro de estrada
Afastando perentório a letargia
E aos que se afundam na prostração
Conquistam finalmente o séquito de pura energia!