Já fui uma bala, uma ‘spada;
Já fui fogo, pranto, morte e dor;
Já fui ódio e fecha d’amor;
Já fui, no mundo, tudo e nada.
Já fui uma lágrima passada,
Já fui luz do Sol e o seu calor;
Já fui o único ‘spinho da flor;
Já fui poeira no vão da ‘scada.
Já fui tantas coisas nesta vida,
No entanto hoje já nada sou.
Simplesmente vivo! Sem rumo vou.
A minh’ alma vive perdida
Tudo quis quando tu me bastavas,
Mas nunca do meu lado ‘stavas.