Hoje todo eu sou emoção,
susceptibilidade…
hoje todo eu sou coração,
e hipersensibilidade.
A inspiração se me escapou,
para a lonjura…
não sei o que de mim sobrou,
remeto-te à minha ternura.
Chamo a mim as flores do jardim,
lírios e rosas…
e eu que não sei mais de mim,
escrevo rabiscos e prosas.
A tentação é muito e impecável,
para escrever…
e tudo isto é intratável,
querer fazer e não o poder.
As árvores continuam estáveis,
adentro, lá fora…
tenho quadros comparáveis,
com o que lá fora demora.
Voos de mariposas embriagadas,
pela luz solar…
andam pelo ar desnorteadas,
sem saber onde pousar.
Pássaros comummente irascíveis,
parecem loucos…
e os poetas viraram imiscíveis,
e todos não são poucos.
Termino aqui os meus versos,
dizendo nada…
talvez os meus inversos,
hoje não andem de mão dada.
Jorge Humberto
02/06/11