Ary Bueno [ O Príncipe dos poemas e do amor ]
Hoje vejo já pelo tempo roida
A velha casa em que nasci
Aonde fui feliz nesta vida
Aonde em paz a mocidade vivi
Hoje o mato já tomou conta
Suas paredes estão caindo
Cipós o telhado esta cobrindo
A tristeza de mim toma conta
Assim somos em nosso viver
Uma casa velha, abandonada
Que fica perdida na longa estrada
Esperando apenas o fim da jornada
Nosso sonhos, são telha quebrada,
O cipó na cabeça estão brancos
Somos uma parede desmoronada
Pintada com nossos tristes prantos
Um dia minha velha casa ira cair
E eu quem sabe isto não irei ver
Pois o meu corpo tambem vai ruir
E com tristeza ou alegria irei morrer