Atirei minha sombra para uma valeta
o egoismo sai-me da pele de repente
e de repente vou aos solavancos
procurar o que não sei
mas sei que um dia vou lá chegar
nem que seja às avessas.
vou beber o fogo da terra
e beijar na boca os necesitados
para que sintam que o calor faz falta.
Já é dia e espero que a sombra regresse
e me perdoe os meus excessos de poeta.