Olha para mim e diz tudo o que vês
Confessa que os meus olhos escondem uma sedução
De alma incompreendida
Diz que os meus beijos são ardentes e sedentos de ti
Fala a todos que eu te ignoro para me deixar perseguir
Confessa-me que me amas
Olha para mim e diz o que vês...
Diz que sou um anjo fraco que voa com força
Supõe que sou a pétala frágil da flor vádia
Chora e diz que sou um pouco de tudo
Diz que sou a mais bela relíquia da pureza viva
Diz apenas que me amas
Depois arrasta-me pelos corredores
Obriga-me a amar-te!
Leva-me para longe e rasga-me os sentidos com beijos
Faz-me desmaiar por ti
Deixa-me morrer por ti
Deixa-me seduzir-te no nosso tango
Para depois me deixares durante a valsa
Faz isso e deixa-me louco por ti
Chama agora por mim
Chora lágrimas suplicando que eu volte a ti
Mas deixa-me dizer-te
Que levo-te amarrado a mim para onde for
Para que me persigas e digas que me amas!
Não me deixes e diz que me amas
Antes que os teus olhos se desviem dos meus...
Podes deixar de olhar para mim
Olhar para ti e depois para os outros
E esquecer-te de mim
Mas por favor, diz que amas!
Pedro Carregal