Poemas : 

Onze e meia

 

O relógio pulsa... às onze e meia
As onze e meia da noite. Lua cheia
E também eu cheio. Não da mesma luz
Não do mesmo luar, apenas reflexão...

Se às onze e meia desta noite
Me quisesse comparar com a Lua
Apenas o reflexo que também eu faço...
Mas reflectir luz? Nem um pedaço...

Pulsa o relógio, pulsa o meu peito
Pulsa o que penso, penso sem jeito
E sou todo dúvida, todo sensação
Não penso com a cabeça, sinto com o coração...

(Deitado na cama, cabeça na almofada
Penso em amores passados, vontade renovada
E sou sempre ou feito de tudo, ou feito de nada
Porque são onze e meia, e antes de dormir, vejo a vida parada...)
 
Autor
Ricardo_Barras
 
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Enviado por Tópico
Carlos_Val
Publicado: 01/06/2011 23:14  Atualizado: 01/06/2011 23:14
Da casa!
Usuário desde: 11/03/2011
Localidade: Braga a residir em Gaia
Mensagens: 421
 Re: Onze e meia
poeta bela obra, literalmente emergente

abraço poético

val


Enviado por Tópico
Ghost
Publicado: 02/06/2011 00:39  Atualizado: 02/06/2011 00:39
Colaborador
Usuário desde: 09/04/2011
Localidade: Lisboa, Portugal
Mensagens: 1820
 Re: Onze e meia
Amigo poeta Ricardo.
São onze e meia e a vida nesse instante pára, para reflectir sobre esse amor... que há, que houve... que ainda o faz sentir.

São onze e meia da noite,
O corpo já nada está a sentir,
Eras tu quem me fazia sorrir,
Amor sem jeito, sumiste e eu fiquei,
Agora deitado penso, fui eu que errei?

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Gostei muito. Favorito.
Abraços e Felicidades.


Enviado por Tópico
Kaledfwich
Publicado: 02/06/2011 00:57  Atualizado: 02/06/2011 00:57
Muito Participativo
Usuário desde: 20/09/2008
Localidade: Cotia - SP - Brasil
Mensagens: 60
 Re: Onze e meia
Onze e meia... Onze e meia... Fico a refletir o quanto se pode pensar em onze e meia.

Um dia inteiro se passa, e meia hora ainda falta para se decidir o resto do dia.

É muito tarde, mas ainda não de todo.

Um belo poema.