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CIENTES DE NOSSO AMOR

 


Meu bem-querer, enches-me de emoção,
quando te chegas a mim para me procurar,
e com toda a comoção de teu coração,
um beijo relevante e altruísta me vens dar.

Recebo-o como o bem pouco que me sobeja,
divagando nos sonhos que nos adornam,
e teus lábios são como as belas cerejas,
que se põe como brincos que se exploram.

Belos jardins florescidos e coloridos nos visitam,
mostrando toda a sua beleza sem ter par,
e as nossas ilusões prementes nos requisitam,
abrindo as portas a embelecer o nosso lar.

Flores e plantas nós colhemos por assunção,
fazemos um belo ramalhete de jasmins,
e com toda a devotada e subtil agitação,
pousamos na mesa algumas opalas de arlequins.

Satisfeitos sentamo-nos no sofá a conversar,
e enquanto falamos de coisas corriqueiras,
um abrangente abraço soubemos conquistar,
e damo-lo das mais diversificadas maneiras.

Um silêncio toma conta de nós devagar,
e o respeito é recíproco e envolvente,
nunca do nosso amor houve duvidar,
pois que ele coadjuvado pelo que é permanente.

Rompido o silêncio em que nos soubemos,
com as palavras que se dizem sem se dizer,
fomos tudo o que aqui propusemos,
fomos o som que não quisemos romper.

E levantando-nos, de mãos nas outras dadas,
saímos de casa muito mais cientes,
das palavras que então não foram faladas,
pois agora somos muitos mais coerentes.

Jorge Humberto
01/06/11

 
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jorgehumberto
 
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