Na macia infância de uma criança,
tudo são sonhos e ilusões,
e brinca de ser grande,
com toda a graça e emoção.
Ser criança é esperar tudo do mundo,
o previsto e o imprevisto,
e quando não há o que ela almeja,
logo inventa um sem fim de coisas.
É uma inventora nata e perspicaz,
e joga seus sonhos de pernas para o ar,
desmanchando e renovando,
consoante lhe dita a inovação.
Amiga do seu amigo, gosta da companhia
dos outros, para lhes contar suas
façanhas e aventuras mil,
em que é mestre, de tirar letra.
Criança, no dia em que te comemoram,
muitas são as que não têm brinquedos,
e em toda a tua solidariedade
emprestas os teus, com um riso nos lábios.
Contente com o que acabaste de fazer,
teu sorriso são mil sóis,
pois agora tens amiguinhos para brincar,
de carrinhos, de cabra cega.
Criança, tens o dom da humildade,
e divides com as outras crianças,
o que de casa trouxeste para rua,
apetrechada de bonecos e de bolas coloridas.
Divides com os teus amigos, um a um,
os teus jogos de encantar,
e a algazarra é tanta, que os vizinhos
Vêm à janela, para ver o que se passa.
Jorge Humberto
01/06/11