VENTOS CIRCULANTES
(Jairo Nunes Bezerra)
As folhas das árvores se espalharam,
Vítimas do vento do entardecer...
E para o chão logo regressaram,
À aproximação do anoitecer!
E tristonho a tudo observei,
Também vitimado pelo mesmo vento...
Fiquei extático, não oscilei,
Embora de meus lábios saísse lamento!
Mais forte do que o vento foi a tua partida,
Com passagem só de ida,
Percussora de minha depressão!
E solitário sigo por novas estradas,
Banhado por luzes estreladas,
Que saltitam da amplidão!