Vamos levando a vida,
tentando fazer o melhor de nós.
Com coração e ternura,
isso se torna realizável e suportável.
Às vezes não sabemos bem ,
que caminho seguir e enfrentar,
se o da esquerda se o da direita,
mas a decisão cabe à nossa sobriedade.
No centro diz-se que fica a virtude,
mas estamos tão centralizados
que me custa aceitar,
esta sincronização nada maleável.
É no coração e nos valores morais,
que assenta a nossa representação,
e a emoção guarda-se,
para quando nos sentirmos sozinhos.
Jardins suspensos de Alexandria,
já não existem,
temos da beleza, o que vemos,
para nos sintonizar com as metrópoles.
Fábricas e indústrias nos consomem,
os jardins estão fartos
de poluição, e as rosas alegres,
têm espinhos a nos afastar.
Crianças na sua macia infância,
brincam no cimento,
pois que lhes roubaram os campos
e as árvores de alçapão.
Por isso hoje se fecham em casa,
sem brincar de peão e de cabra cega.
Já não jogam à bola,
nem chegam a casa de joelhos arrasados.
Tudo mudou para pior,
e outras são agora as prioridades.
Na cegueira da cidade,
deixamos nossos olhos perdidos.
Jorge Humberto
31/05/11