Dizes olá,
dás-me a mão,
dizes que me conheces,
eu digo-te não.
Mas nessa tua
insegurança me entrego,
és o sol, és a lua,
és o caminho em que me perco.
És um doce,
que tanta amargura me traz,
teus lábios saborosos,
quero prova-los, diz-me como se faz.
Posso ser bonito,
e linda te vejo,
mas no dito e não dito,
somos apenas desejos.
Na verdade
o que somos,
ninguém quer acreditas,
de tudo isso nos esquecemos.