Estou ausente,
hoje não estou,
neste breve instante,
sou de tudo, de nada sou.
As palavras
que me descobriram,
são hoje quadras,
são vivas, respiram.
São a minha companhia,
nesta caminhada,
são o bom dia,
a última palavra na noite calada.
Ausente de tudo,
hoje sou eu,
deixa-me estar de luto,
apenas olhando o céu.
Hoje sou ausente,
de todas estas marionetas,
tudo igual a todos os instantes,
sempre as mesmas tretas.
Mas eu tenho a inspiração,
e todos os meus poemas,
com mesmas tretas da multidão,
apenas com diferentes temas.