Meu corpo, colibri em fina revoada
Pouco a pouco sentindo a ternura
Da flor cheirosa à beira da estrada
À alma pura em constante candura!
E voo além dos alpes dos sentidos
Como a música habitual da poesia
Quimera santa, purificada ao ouvido
Misto de flor suave da colina!
Eu voo firme por entre o frio concreto
Pra povoar meu espírito já marcado
E faço chover da alma o afeto!
Como o orvalho caindo do meu peito
Busco o inspirador e fiel abraço
Da solidão, da vida, do tempo!
"Mestre não é quem sempre ensina, mas quem de repente aprende." (Guimarães Rosa)