Cristina Pinheiro Moita /Mim/
Lírio ingénuo
Livre rosa que cresceu em felicidade
Nesse recanto onde se aloja a saudade
Se guardava, onde se guarda a mocidade
Nessa cidade, da blusa em tenra idade
Vestia-se de mini-saia, sem o frio
Onde modelava o seu corpo esguio
Refugiada do tempo em que partiu
Lírio ingénuo, no rosto que sorriu
Na verdura passeava à beira rio
No receio que tinha na noite escura
Seus olhos revestidos por um estio
O medo era fantasma sem armadura
Conchinhas, guardava em rocha pura
Ainda corre, na saudade da formosura
Cristina Pinheiro Moita