Dos meus amigos tenho a sua candura,
o carinho e a atenção,
por tanta e tamanha formosura,
que me reconforta o coração.
São eles que me livram das tristezas,
quando triste a mim se rendem.
E as velhíssimas incertezas,
aqui não mais, de ficar tendem.
São eles o motivo do meu sorriso,
de minha brandura.
E, o mais que for preciso,
lhes darei em forma de alvura.
A alvura da manhã adormecida,
por detrás do horizonte,
em que vê espargida,
a chuva no cume de um monte.
Chuva que molha a terra e nossos corpos,
sedentos de uma nova frescura.
Meus amigos, mesmos os mortos,
têm toda a minha ternura.
E, nos invernos mais rigorosos,
são eles que me confortam.
Que nos meus versos frondosos,
a eles se transportam.
Amigo está sempre presente,
mesmo quando menos esperamos.
Nunca é um ser ausente,
por ele a esperança alcançamos.
E traz-nos em mãos uma flor,
colhida num jardim qualquer,
para nos oferecer, prenhe de amor,
a quem por ela tanto quer.
Jardins de amigos preocupados
com o nosso bem-estar.
Que, quando nos vêem coligados,
mais e mais nos ficam a amar.
Jorge Humberto
29/05/11