Acrósticos : 

Meu amigo pescador.

 
Meu amigo pescador.

Autor: Daniel Fiúza
20/10/2006

Um pescador arretado
nascido em Baturité
contava umas estórias
na frente da sua mulher
depois ela confirmava
tudo que ele falava
sem nunca arredar o pé

Um dia ele me contou
que no açude foi pescar
numa seva que ele tinha
em terra particular
o maior que ele pegava
era sempre o que escapava
dizia ser muito azar.

Sempre que ia pescar
sua espingarda levava
lá aparecia uns patos
ave que ele apreciava
caçava na pescaria
dizia ter pontaria
coisa qu’eu admirava.

Enquanto a mulher fazia
pra nós gostoso petisco
um tira gosto pra pinga
coisa boa de belisco
ele resolveu contar
a estória de arrepiar
recontar aqui arrisco.

Estando ele pescando
passou nadando um pato
ele atirou nessa ave
acertando ela no ato
nisso um peixe pulou
nele também acertou
Falou que isso foi fato.

A mulher dele aumentou
dizendo quase em desdém
com a mesma bala abateu
grande macaco também
falou lavando um prato
Peixe, macaco e pato
Só c’um tiro do meu bem.

Um pouco desnorteado
meu amigo consertou
no açude tinha uma cerca
por onde o bicho passou
foi bem na hora do tiro
porque o bicho que eu miro
pode contar que dançou.

Depois que eu fui embora
ele chamou sua mulher
falou pr’ela ter cuidado
nas coisas qu’ela disser;
Dizendo nunca se perca!
Foi duro fazer uma cerca
Mode provar pro Mané.

 
Autor
Daniel Fiúza
 
Texto
Data
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1805
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