Poemas : 

Os políticos da peixeirada

 
A garganta que hoje dói
Angina que estava guardada
Deixa-te ficar queda
Ou então fica calada

Gorgomilo de fome
Bochechado com aguardente
Deixa que te arda o estômago
Se te faz ficar contente

Nem sempre o que se faz
É aquilo que tanto se mente
Pode ser uma faca espetada
A jorrar sangue de contente

Agarrando a uma enxada
Lá vai o seu povo crente
Dar o beijo da Peixarada
Para o ministro ficar doente

Se votarem na Gripe A, B ou C
Cuidado com os galos
Que ficam doidos, doidinhos
Ao nos quererem fitar de parvinhos

Ou os porcos quase suínos
Furibundos de não engordar

Mas no meio disto tudo
Devem votar certamente

Já se foi a ditadura.

Onde tanta gente foi obrigada a calar

Toca a marchar...

Há sempre uns porcos para engordar
Até a bolota acabar
Ou o presunto agoniar


Cristina Pinheiro Moita /Mim/

 
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