A garganta que hoje dói
Angina que estava guardada
Deixa-te ficar queda
Ou então fica calada
Gorgomilo de fome
Bochechado com aguardente
Deixa que te arda o estômago
Se te faz ficar contente
Nem sempre o que se faz
É aquilo que tanto se mente
Pode ser uma faca espetada
A jorrar sangue de contente
Agarrando a uma enxada
Lá vai o seu povo crente
Dar o beijo da Peixarada
Para o ministro ficar doente
Se votarem na Gripe A, B ou C
Cuidado com os galos
Que ficam doidos, doidinhos
Ao nos quererem fitar de parvinhos
Ou os porcos quase suínos
Furibundos de não engordar
Mas no meio disto tudo
Devem votar certamente
Já se foi a ditadura.
Onde tanta gente foi obrigada a calar
Toca a marchar...
Há sempre uns porcos para engordar
Até a bolota acabar
Ou o presunto agoniar
Cristina Pinheiro Moita /Mim/