Em nós, tamanha solidão bem se fez...
Apareceu com o crepúsculo que esmorecia...
Dir-se-ia ser o fantasma, talvez,
De tudo o que fomos um dia...
Éramos assim, tristonhas figuras:
- Dois vultos entrelaçados em meio à solidão...
- Dois anjos, marmóreas esculturas!
Que ousaram voejar sem sair do chão...
Naquela vida, quem de nós era que padecia?!
Quem de nós era que chorava?!
Quem de nós era que sofria?!
Nossa Senhora, de nós dois, compadecida...
Do mármore que tanto gostava
Consentiu dar-nos um sopro de vida...
(® tanatus - 14/04/2011)