A luz do meu quarto
é artificial.
Quero a luz do vaga-lume,
e um guarda-chuva gigante,
que saia girando sonhos,quando
a ventania o levar.
Estou quase pra nascer,parindo
em mim,o que renasce.
Estou quase pra cortar, o cordão
umbilical,gritando a dor do corte.
A sorte de ter nascido frágil,para
se fazer forte,no vendaval.
E na ruptura do momento,apago
as luzes artificiais,
os abajures e os temores.
Inspiro o aroma agradável
da manta de flores,que me faz
canteiro,apago o vaga-lume
e abraço o travesseiro...
Já é hora de brilhar.
LuciAne