Cinjo-me às minhas limitações
não fujo delas nem de ninguém
é como com as inspirações
ou estão connosco ou com alguém.
Cada um tem seu modo de escrever
não há imitações nem fusões
e tudo o que eu quero saber
é de onde me surgem as restrições.
Muitas vêm de não conhecer
as regras de poesia que não aprendi
mas valho-me do saber
para escrever como até aqui.
Há quem goste e quem não goste
está na sua perfeita razão
mas se alguém comigo aposte
fala a voz da deliciosa emoção.
De tudo escrevo sem limitações
da natureza humana
à animal sem contradições
à flora que com eles irmana.
Sobre o amor com satisfação
me deito a fazer poesias
é a palavra dita do coração
que não precisa de mordomias.
Sobre o povo e suas dores
atrevo-me a exemplificar
de onde surgem seus amores
o que é feito de seu olvidar.
Mas tudo isto parte de mim
do meu pensamento da minha razão
e quando dou por mim
encho-me de satisfação.
Este sou eu que escreve sobre si
de suas ânsias e seu empenhamento
para que quem lê saiba de mim
para meu contentamento.
Jorge Humberto
25/05/11