No corte da minha faca
Pensei em ti meu amor
Como um hambúrguer no prato
Prato de comida, terror!
Cada grafada que dava
Apaladava o sabor
Pois no corte da minha faca
A saliva ganhava cor
Vi tudo o que estava dentro
Mastiguei-te com calor
O teu corpo pode ser tudo…
Que apaladar o amor
-Nunca me apelides, “de sádica”!
É minha a tua dor
E é no toque da língua
Que o amor ganha clamor
Bechamel toque, palato
No céu-da-boca o sabor
Tutano do nosso encaixe
Num prato colorido
Às flores
Cristina Pinheiro Moita /Mim/