Enviado por | Tópico |
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Vania Lopez | Publicado: 22/05/2011 23:10 Atualizado: 22/05/2011 23:10 |
Membro de honra
Usuário desde: 25/01/2009
Localidade: Pouso Alegre - MG
Mensagens: 18598
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Re: nunca acaba amiga
Aqui as árvores tem alma, as palavras dançam como folhas, o silencio suspira amizade, o papel vela cada folha caída... Agradecendo a partilha. bjs
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Enviado por | Tópico |
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Carlos_Val | Publicado: 22/05/2011 23:37 Atualizado: 22/05/2011 23:37 |
Da casa!
Usuário desde: 11/03/2011
Localidade: Braga a residir em Gaia
Mensagens: 421
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Re: nunca acaba amiga
acabo de ler um texto nas emoções existências à flor da pele de uma emoção deveras emocionante e muito bem delineado.
abraço poético Val |
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Enviado por | Tópico |
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AnaMartins | Publicado: 24/05/2011 16:09 Atualizado: 24/05/2011 16:10 |
Colaborador
Usuário desde: 25/05/2009
Localidade: Porto
Mensagens: 2220
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Re: nunca acaba amiga
Em silêncio, procuro palavras dentro de mim para te falar da sensação de alma cheia de tudo e ao memso tempo despojada de tudo que é ler-te.
Obrigada por existires. Pelas tuas palavras existirem. Beijos. |
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Enviado por | Tópico |
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Sterea | Publicado: 02/06/2011 00:34 Atualizado: 02/06/2011 00:34 |
Membro de honra
Usuário desde: 20/05/2008
Localidade: Porto
Mensagens: 2999
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Re: nunca acaba amiga
Às vezes, amigo, caem-me palavras líquidas dos olhos de te ler...
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Enviado por | Tópico |
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sampaiorego | Publicado: 01/11/2011 17:19 Atualizado: 01/11/2011 17:19 |
Membro de honra
Usuário desde: 31/03/2010
Localidade: algures virado para o mar com gaivotas
Mensagens: 1147
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Re: nunca acaba amiga
teresa teixeira – sterea
como dizer-te que as tuas palavras sufocam – o ar desaparece. um nó feito de comoção aperta. e eu sem saber deslaçar esta aflição – na cabeça nascem atalhos que me levam para perto do que me dizes – há palavras que são eternas. e o corpo certifica para sempre o que é ser feliz – a cadeira ainda é a mesma desde aquele dia em que te li pela primeira vez. só o couro perdeu a cor. gastou-se na procura de um lugar seguro onde guardar as palavras que me deixas – escrever é bom – saber que me lês é especial – sempre que me escreves deixas-me cansado – fico sem saber o que fazer ao coração – deito as mãos ao peito e sei que ele bate das tuas palavras. sempre certo. ritmado pelos afectos de quem gosta de ler o que as palavras escondem – e o pensamento sem nada dizer. perdido nas entre linhas da vida que deixas tombar sobre o papel. feito de bondade – as estrelas brilham mesmo quando não há noite – o tempo é a tua alma. fez-te palavra – resta a memória – o que seria dos homens sem memória. sem nomes. sem lugares. sem abraços. sem bondade. há rostos que não se podem esquecer. momentos – momentos escritos são para sempre – memória – e leio e releio e o corpo ali. aqui. acolá. os olhos parados em sorrisos. eternos – não há força que desocupe o tempo quando dizes que as palavras são feitas para abraçar. e eu a agigantar-me ao mundo. a acreditar que o passado nos teus olhos é esperança. até a dor termina quando sorri pela vontade de te dizer: obrigado. obrigado por me fazeres feliz. obrigado por me ajudares a escrever. obrigado por me ajudares a ver o caminho. certo pelas palavras com que me abraças – memória – o que seria dos homens sem memória – há um outro tempo na tua escrita desigual. mulher-abraço. mulher-doce. mulher-dor. mulher-esperança. mulher-futuro. e uma mulher-mulher capaz de escolher a bondade. estender as mãos à vida. à amizade – e eu deste lado a ouvir o que escreves – ouço palavras como se fossem ditas ao ouvido. e o nó aperta. sufoca. e o ar foge. e a dor de estar feliz aqui dentro a dizer-te: doce memória. bendita memória – e abro mais um texto. e lá vens tu devagar. em silêncio é primavera. pelas rosas brancas – as amendoeiras sempre dão flor. todo o ano. o fruto pendurado em palavras que não acabam – e lembro vinhas do douro a correr rio. é outono. à lareira chama-se o inverno. largam-se as palavras. frias. à sombra do que arde. é quando a tristeza volta às noites longas. aqui o tempo parou. para sempre – e eu estou no meio de palavras-bondade. palavras-mel. palavras-saber – memória – quando escreves há em ti palavras que me apertam e só a dor. em sorrisos. me faz lembrar que sou mortal – quanta bondade. quanta ternura. quanta beleza há nesses olhos que sabem ler estas minhas palavras tortas. loucas. perdidas no tempo que imaginava só meu. pela incompreensão de nem eu as entender – e eu ali a contar pedras no chão. juntava-as com o arrastar das pernas de um lado para o outro. uma a uma. até fazer um muro que nunca mais me deixou ver para outro lado. um muro de vergonha. um muro apenas atravessado pelo som que anunciava a partida dos sorrisos. em bocas que nunca souberam dar um beijo – um beijo teresa. um beijo na face que já não tinha lado – não há lados para aqueles usam palavras para acarinhar. para dizer gosto – gosto porque gosto. porque é quente. é verão. porque é frio. é inverno. e no teu tempo inventas outro tempo. o tempo do que é desigual pela força de um outro tempo. feito à força de nunca veres o erro nos outros – sou erro. mas depois de te ler. volto a ser apenas eu. desigual sim. mas eu. assim como sou em cada palavra que escrevo feita memória – tu nasceste com essa grandeza de saber ler as palavras com abraços. e depois. escreves essas coisas que me fazem ver novamente o tempo como se hoje fosse o primeiro segundo de um dia que nunca tive. um tempo novo onde o erro ainda não tinha nascido – memória – e os muros voltam a cair. as pernas voltam a fazer cair as pedras para lá das nuvens onde vivem os arrependimentos que nunca consegui escrever. linhas em branco. imagino eu – não podes. nunca mais. fazer destas coisas teresa. estou sem ar e as palavras respiram com dificuldade e não tenho forma de te dizer obrigado. sem ter de que parar a meio para voltar a ganhar fôlego – estou cansado. estou cansado mas feliz. por ainda conseguir dizer-te obrigado. obrigado por manteres a memória como um abraço feito de palavras que não sei esquecer – obrigado teresa. até sempre – |
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