Textos : 

Surrealidade da narrativa

 
Parece que ainda o estou a ver: ali sentado, na sua poltrona, onde mais ninguém se sentava mesmo na sua ausência, de cachimbo fumegante a ocupar-lhe a mão direita e chapéu à Al Capone no cimo da cabeça, elegantemente equilibrado sob a ligeira inclinação para um dos lados, emprestando-lhe aquele ar de bom malandro que tudo faz por se especializar na categoria. O fato cinzento e a camisa imaculada é que destoavam das sapatilhas, que, vá-se lá saber porquê, fazia questão de usar sempre. Talvez para correr mais depressa numa situação de apuros... A garrafita do bom e velho whisky de malte era a sua inseparável companheira, sempre pronta a afogar-lhe a sede em qualquer ocasião.
Um dia foi notícia a sua morte. Creio que ainda lá estão restos do cartaz, colados na parede da rua sem nome. Por certo que a sua alma não andará longe... o cheiro adocicado do tabaco, denuncia-o.


Open in new window


*... vivo na renovação dos sentidos, junto da antiguidade das lembranças, em frente das emoções...»

Impulsos

https://socalcosdamemoria.blogspot.com/?

https://www.amazon.es/-/pt/dp/1678059781?fbc...

 
Autor
cleo
Autor
 
Texto
Data
Leituras
954
Favoritos
0
Licença
Esta obra está protegida pela licença Creative Commons
2 pontos
2
0
0
Os comentários são de propriedade de seus respectivos autores. Não somos responsáveis pelo seu conteúdo.

Enviado por Tópico
AnnaCarvalho
Publicado: 22/05/2011 13:47  Atualizado: 22/05/2011 13:47
Da casa!
Usuário desde: 29/10/2009
Localidade: Brasil
Mensagens: 437
 Re: Surrealidade da narrativa
Colega Cleo,

Entrei no texto!
parabéns!
beijos,
Anna.

Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 22/05/2011 15:14  Atualizado: 22/05/2011 15:14
 Re: Surrealidade da narrativa
UM BELO POEMA maravilha deixo meu abraço