Vejo as coníferas Siberianas, em forma de cones
E a cordilheira dos Andes, lágrimas congeladas;
Vejo os campos onde cavalos correm apressados
E uma saudade avassaladora.
Vejo de cima as suas copas largas
E o coração do Aconcágua
Vejo as crianças correrem descalça
E uma vontade arrebatadora.
Vejo as águas turvas da várzea, decorrentes
E as águas escuras de Igapó no coração do homem
Vejo a esperança do cerrado a caatinga
Extraidores desarmados de vergonha.
(coro)
Eu vejo uma vontade avassaladora
Eu vejo uma saudade arrebatadora
Vejo as crianças correrem descalça
Na Amazônia dos teus olhos.
O céu não é menos azul nos dias de hoje
E o arco Iris reedita suas cores sem preguiça
O coração do homem é promíscuo
As crianças continuam correndo.
Haverá um tempo em que se lembrará de mim
Quando o sol descer em rapel das montanhas
Eu busco compreender todo este verde
Na Amazônia dos teus olhos.
Se algum dia eu não resistir às investidas
Ao golpe do machado ou geleiras derretidas
Ainda assim haverá uma esperança
Na Amazônia dos teus olhos.
(coro)
Eu vejo uma vontade avassaladora
Eu vejo uma saudade arrebatadora
Vejo as crianças correrem descalça
Na Amazônia dos teus olhos.
Marcelo Henrique Zacarelli
Produzido por Marcelo Henrique Zacarelli
Village, Maio de 2011 no dia 18.