Para expressar os sentimentos e demonstrar os ângulos pelos quais enxerga as infinitudes do universo, bem para se queixar das mais diversas atrocidades que o acometem o escritor se vale de uma linguagem, e concretiza essas impressões por meio de gráficos que se arquitetam com uma norma oficial unificada.Isso é praxe em qualquer linguagem do planeta. Para se valer desse instrumento que vai servir de portador de mensagens para os leitores o escritor tem que conhecer a gramática da língua na qual escreve, respeitar regras impostas pelas leis gramaticais. Ele tem a responsabilidade de zelar pela sua manutenção, com o risco de não poder exprimir suas ideias com exatidão.
A gramática brasileira é o sustentáculo da língua portuguesa brasileira, pela qual os brasileiros expressam graficamente seus sentimentos e ideias, seguindo à risca as regras que a normatizam. O que torna um poema, um conto ou um ensaio estético é, além da criatividade do autor a presença de critérios gramaticais. Sem esses critérios o texto é um edifício na iminência de ruir. Como a arquitetura tem que adotar critérios rígidos para erguer e manter de pé suas obras, a linguagem só se sustenta se fizer com que as regras sejam efetivas.
Se não é para respeitar regras de linguagem nem necessitaria de gramática.
O objetivo é juntar esforços junto aos colegas escritores deste LUSO POEMAS usuários da língua portuguesa brasileira para protestar contra um evento que foi noticiado neste final de semana. O MEC (Ministério da Educação e Cultura), distribuiu para mais de quatro mil escolas um livro no qual a autora desaconselha a seguir regras gramaticais. O título do livro é “Por Uma Vida Melhor”, autora Heloisa Ramos. Argumenta a autora que é desnecessário o escritor seguir as regras de concordância verbal, por exemplo. Mas há muitas outras recomendações absurdas contra a língua portuguesa do Brasil ao longo do livro.
Quero me juntar aos colegas escritores do LUSO e enviar email para o MEC, (se possível para a autora, para deputados e senadores etc) protestando contra a atitude do governo por esse desrespeito contra a Língua Portuguesa do Brasil.
17/MAIO/2011.