Cigarro...
Maldito vicio macabro
Com o qual a vida eu estrago
Mais não consigo parar.
Sou da noite boêmio,
Isso não posso negar,
E em cada noite na boêmia,
Mais um vicio ruim vou pegar,
Na primeira viciei na putaria,
Depois na mesa de bar,
Onde procurava em um copo de cachaça,
A mulher para me casar.
Hoje revendo o passado,
Vejo ao longe o quanto errei,
Mas noto vendo o meu dia-a-dia
O quanto eu já mudei.
Já parei com a boêmia,
Hoje só bebo durante o dia,
Não penso tanto em putaria,
Mais confesso que não larguei
E com a merda do cigarro,
Há, com essa merda me matei,
Adquiri um grave câncer,
Hoje vivo internado,
Com quimioterapia tratado,
Uso fralda como sendo uma criança,
Pois o câncer que rápido avança
E já tomou meus intestinos.
É o que tenho de herança,
Da teimosia do passado,
Não reclamo da doença,
Que de muito me serviu,
Pois hoje eu sou um exemplo
Aos fumantes do Brasil.
Luciano Ebeling Fonseca