Hoje sou teu ás de espadas,
vidros partidos pelo chão,
sou um resto de tantos nadas
de uma pequena imaginação.
Sou um coitado
que se esconde em qualquer canto,
números, ciência, tudo complicado,
vou ficar apenas aqui deitado.
Lembro todas as histórias,
pode ter sido uma boa vida,
fazes parte das boas memórias,
labirinto de tudo o que sinto que não têm saída.
Sinto falta de tudo,
talvez até apenas de ti,
visto-me de preto, estou de luto,
por não mais lutar por ti.
Sinto em fraqueza,
não mereço nada disto,
tu és a tal beleza,
que preciso e não resisto.