ISOLADO
(Jairo Nunes Bezerra)
Voltou a chover no Recife, outra vez,
As águas correm pelas ruas vertiginosamente...
Distanciar-me de ti a chuva me fez,
E sou Impelido pela ventania crescente!
Mais uma vez fico sem teus afagos,
A natureza castiga-me com a tua ausência...
Mais vezes sou vítima de descasos,
Vigorados sem minha anuência!
E as águas saltitam com mais violência,
Diria até com insolência,
Deixando-me solitário sem teu amor!
E as lágrimas que pululam nos meus olhos,
Figuram tais espinhos de abrolhos,
Expondo a minha dor!