Inventa alguma alegria,
Forja alguma satisfação, menina.
Cuida desse peso ilusório
Nos ombros cansados carregado
E inventa alguma alegria.
A sinfonia virou barulho, menina.
E o trapo que carregas?
Esse já desbotou há algum tempo, menina.
E a sede de perfeição?
A dança nupcial? O discurso mais pungente?
Quimeras viraram somente.
Infelizmente!
E tu, que esse luto sincero negas;
Tu, que da repulsa fizeste rotina,
De entender estás a léguas.
Que fizeste, menina?
Rui Gomes