Poemas : 

hidromorfose IV – zumbidos da diástole

 
ramificado coração zumbido
em vagido ondulado
de galhos ímpetos na bebericagem
barrada no deslize da diástole

montam rochas coachantes
de nenúfares descaídos
profundezas da apoplexia
derramada triunfal

o rupestre pinta-se de moscardo
tingido à frieza de sangue
distorcido na serena alva
quebra-se nos fluidos

destarte arremessado à margem
das pegadas dos peixes
a fúria pulsada faz ondular
um lago alagado de sangue
 
Autor
Bruno Miguel Resende
 
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Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 13/05/2011 02:06  Atualizado: 13/05/2011 02:06
 Re: hidromorfose IV – zumbidos da diástole
Ler-te
é quase como seguir
a trilha dum admirável
Labirinto cuja
multiplicidade
das palavras nos
leva longe.

“...pegadas dos peixes...”
fascinante.

Um abraço




Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 13/05/2011 11:23  Atualizado: 13/05/2011 11:23
 Re: hidromorfose IV – zumbidos da diástole
QUANTA MARAVILHA POEMA LINDO DEIXO MEU ABRAÇO. MARTISNS