Em teus olhos florestas acendem palavras demarcadas pelo espanto do invasor
O riso é flor em marcha d’alma envolvida em dor
Em tua boca o território se recolhe à taba e escondes tua nudez como fosse praga
A cicatriz já foi posta em tua alma mata e tua garganta vomita canções de saudades vindas e um passado que não deságua
Vontade de ser mãe terra saudade da ausência de quem ficou nos limites extremos entre a civilização e a farsa e a falta de pudor do explorador
A tua tribo se levanta e o arco alcança a flecha que não foi arremessada atinge o sangue do arremessador -a submissão do braço não confessa a fervura da idéia
E teu canto graúna assume a bravura de uma graça que não era para a guerra