Poemas : 

hidromorfose III – cerejas de âmbar

 
na crivagem de bronzes na onda
fendida de gorgolejos
um titubeante arremesso
dos olhos descaídos pelos corais

destilam-se como escamas inertes
presas à retina
decifradas pelo fluxo de pólen
fertilizadas pela pupila encharcada

confluem-se na espasmódica resina
ondulagem das seivas fluviais
arrancam-se como caroços
e a cereja circunvaga

com bronze afiado na sístole
e paradas na crivagem
as nervuras tremem na semiótica
encerram-se no âmbar
 
Autor
Bruno Miguel Resende
 
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Enviado por Tópico
Transversal
Publicado: 12/05/2011 03:26  Atualizado: 12/05/2011 03:26
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 Re: hidromorfose III – cerejas de âmbar
"as nervuras"..."encerram se no âmbar"...na..."ondulagem das seivas"..."destilam se...escamas"..."arrancam se"..."na onda"..."olhos descaídos pelos corais"...e..."com bronze afiado"..."caroços"..."a cereja(?)circunvaga"

Excelente..."hidromorfose III – cerejas de âmbar"

Abraço te

Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 12/05/2011 10:51  Atualizado: 12/05/2011 10:51
 Re: hidromorfose III – cerejas de âmbar
UM ESPATÁCULO A SER LIDO, QUE MARAVILHA DEIXO MEU ABRAÇO.

MARTISNS