Me recolho no meu quarto, fecho a porta e existo, logo desapareço dentro do meu quarto (dentro de mim), buscando palavras estou há tempos, tento escrever mas não consigo, então desisto.
Saio do quarto e me encontro comigo de novo, mas sou como um camaleão quando estou fora do quarto me camuflo entre cores mais coloridas das outras pessoas, e já esqueço da parte preta e branca de mim, desapareço e encontro outro como quem anda no escuro e bate o pé na quina da mesa, sou pura estética boneco de pano, mulher de cigano, sou mais do que pude imaginar.
Quem há de mim encontrar neste boque sem arvores apenas com arbustos, meu ser estético escreve, enquanto o meu ser de dentro do quarto morre de solidão.
LUCAS LIMA M.