Neste mundo que me vive dou-te tudo
o que tenho e o que não tenho
e aqui calado e mudo
mostro-te do semblante o cenho.
Minhas riquezas que são poucas
serão tuas por minha vontade
que as palavras não são roucas
tão pouco a minha verdade.
Não é ouro nem éreo o que te dou
nem prata que roubasse à lua
mas dou-te tudo aquilo que eu sou
por mando meu e graça tua.
O que te dou é a minha humildade
e a minha consciência afectiva
conquanto dou-te minha individualidade
meu dom e minha influência viva.
A paixão que me move e te contempla
será tua por minha honra
e tudo aquilo que te sustenta
em mim ver-se-á e não desonra.
Jorge Humberto
11/05/11