Olho para a noite,
quanta saudade de outras noites,
noites que me aprisionavam,
uma prisão que me apaixonei.
Os ventos que ali passavam,
das noites que eu ficava em claro,
noite após noite,
dos sonhos que me emocionei.
O frio que arrepiava minha pele,
fazendo de mim um graveto perto do fogo,
como um ninho que esquenta um ovo,
a lua vai brilhando a noite.
A neblina que cobre as plantas,
milhares, milhões e tantas,
na noite adormecem sóbrias,
no inverno de muitas noites.