O apartamento assombrado - Conto
Era uma família comum, decidiram mudar de casa, mudaram para um apartamento, grande, com espaço para as crianças brincarem e terem seu quarto próprio.
Tudo estava na mais perfeita harmonia, as crianças brincavam normalmente pela casa, felizes, por vezes outras crianças se juntavam estas e era uma alegria, mas um dia tudo mudou tudo se alterou.
Dona Matilde, ia colocar as roupas para lavar e ao olhar para trás viu um vulto, um vulto de criança pequena, quase podia decifrar como ela era, cerca de três anos, menina e com muitos caracóis, logo ela julgou ser fruto de cansaço e não ligou.
A Sofia e a Joana andam pela casa alegres com a sua nova irmãzinha que nasceu a Teresinha, as coisas iam correndo mais ou menos, ora um estrondo aqui ora outro ali, mas ninguém ligava e ia levando a vida. Um dia Dona Matilde saiu de casa para ir tomar café com suas amigas trazendo as meninas para elas, apanharem ar e brincarem com seus amiguinhos, quando chega a casa, dá com todas as torneiras da casa abertas e estranha tudo isso.
A partir desse dia as coisas foram mais assustadoras, ela ia pelo corredor, com a sua menina Teresinha e de repente vê a sua menina ser empurrada, mas quase fosse algo invisível, a menina tinha sido projetada de forma violenta. Seu coração assustou, tinha que fazer algo, mas o que fazer? Todos iam achar que estava louca e demente. Começou a partir dali o terror, eram as pancadas, ora estavam nos quartos e tudo caia na cozinha em grande estrondo, ou o contrario se estava na parte da sala e cozinha, era nos quartos o abrir e fechar portas. Escutavam vozes das paredes, eram cheiros horríveis e vultos.
As coisas iam piorando, uma das meninas escutava vozes, outra via os vultos e mais novinha falava em gente estranha, gente que ela não conhecia e nem tinham esse nomes no circulo de amizades. Um dia ela acorda e pede:
- Mamã porque não abanas como faz a mãe clarinha?
Assustada e perplexa, ela pergunta:
- Teresinha, quem é a mãe Clarinha?
Ela responde sorrindo:
- Mama, ela entra pela tua janela quando os cortinados se agitam e ela vem e pega em mim, canta uma canção de embalar e diz que vai levar com ela.
No rosto da Dona Matilde o susto e o terror são grandes, sem saber o que fazer ela pesquisa na net, ela faz uma oração, despeja água benta pela casa e as coisas pioram ainda mais.
Ela começa a sentir alguém querer tirar da cama, tentando arrastar, sentindo os toques gelados, nas suas pernas, quis ter força, mas o medo evadia a cada dia mais e mais. Agora era com ela, ela começou a ver algo saindo dos cantos da casa, parecia pássaros negros que saiam e se metiam em lugares que nada se encontravam. Começou a ver as luzes acesas quando ela desligava portas abrir, aparelhos a ligar sozinhos, TV com mensagens estranhas e por ai fora.
Chamaram pessoas lá, as coisas acalmavam e logo tudo voltava ainda mais forte, ora era um atingido ora as crianças. Um dia estava no quarto e escutava um boneco gargalhar e chorar, pensado ser dos gatos a brincar, não ligaram, mas cada dia ficou mais intenso esse choro e sempre que isso acontecia algo sinistro acontecia na casa, brigas e coisas terríveis a família estava sendo destruída e massacrada aos poucos. Um dia cansada, viu que o boneco fazia esse choro sozinho, sem ninguém lhe tocar, exaltada ela pega em água benta e reza um credo, de inicio ao fim o boneco ria, ela sentia o gelo, entrar nas entranhas, o seu couro cabeludo parecia ser arrancado, era horrível estar vendo o que via era algo demoníaco, algo de outro mundo...
As luzes queimavam, ela fugiu da casa, hoje esse apartamento não tem mais ninguém, ainda escutam barulhos na casa sem ninguém lá morar.
Dizem que mora ali um fantasma e os seus amigos, que ninguém os tira de lá, ainda hoje todas as janelas estão como a família as deixou e todos os seus pertences que nem trouxeram consigo. O medo foi tanto que ninguém até hoje ninguém teve coragem de ir e morar lá.
Betimartins
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