O mesmo ônibus, azul e vermelho, mais azul que vermelho, as mesmas ruas a cruzar, parando nos mesmo sinais, “não neste sinal ele não parou”; dobrando a mesma esquina na qual o velho sempre está sentado na cadeira de palha, com as pernas totalmente cruzadas, “um sonho”, parece que ele mora lá, não na casa que está detrás da cadeira, ele deve morar na cadeira, não na rua, na cadeira, não debaixo da arvore com a qual foge do sol, na cadeira, na cadeira na qual o encerraram, na verdade é o que parece, só que o que parece talvez não seja assim, minha mente mente a cada sim.
LUCAS LIMA M.