Abra-te meu peito, sem medo.
Afinal não há outro jeito.
Exponha-te assim,
Dessa forma sincera,
Dando-te ao mundo.
Vamos meu peito coopera,
Pois não tens a certeza do tempo seguinte,
Nem tampouco podes ruminar,
A não ser brandamente,
Um passado onde não te cabia a efemeridade.
Então, abra-te em flor,
Aproveita que é primavera.
Encha-te de ar, de luz, de som, de quimera.
Frederico Salvo