GRAVURA
Paulo Gondim
04/05/2011
Uma folha em branco
Um pensamento, um olhar perdido
A saudade do que foi vivido
Um convite à poesia
Como lenitivo
Para a nostalgia
E a pena desliza
Em versos, simples rimas
Como o andarilho
Que faz pontos nas esquinas
E o pensar voa, vai além
Além da alma, além da vida
A vida que segue nesse compasso
Sem pressa, sem hesitar seu passo
E no papel vejo teu rosto
Num desenho, lá posto
Na lembrança fria
Como fotografia
Impressa na mente
Que continuamente
Me lembra você.
Mas sei que não posso
Como sei que não devo
Mesmo assim te vejo
E sinto teu beijo
Que a alma me aquece
E me faço em prece
Me faço em arte, com tinta e pincel
Imagino teu rosto, descrevo com gosto
Na tela branca desse papel
Paulo Gondim