O tempo está gasto e já não o vejo.
Ele já correu tanto que parece agora parar
Para admirar a decadência de pobre
Poeta, que não é gente, nem coisa alguma.
Estou tão perto do chão que já cheiro
O corpo fétido e o banquete desenfreado.
Eu sou a pobre formiga que trabalha tanto
Mas que morre a defender quem pela sua falta não dá.
Os amigos estão tão longe,
A família já faz parte do real requinte.
Eu sou apenas um louco que escreve a chorar:
Palavras do chão podre; Lágrimas do brilhante luar.