Naquele velho caderno,
Ele escreveu,
Tudo aquilo que sentiu,
E ninguém nunca percebeu.
Ele tinha medo da morte,
Fugia sempre do medo,
Dizia que não tinha sorte,
Dizia que só cometia erros.
Sempre de olhos fechados,
Não podia observar o mundo,
Com seus joelhos dobrados,
Se impedia de caminhar.
Dizia-se forte,
Pois nunca chorara,
Dizia-se crente,
Mas nunca acreditava.
Mas um dia ao acordar,
Viu algo diferente,
Que o mudou completamente,
Pondo-se a levantar.
Ele viu em um sorriso de uma criança,
Como há tanta esperança,
Quantos sonhos,
Há lá.
Ele passou a sonhar,
E apagou suas lembranças,
Renovando suas esperanças,
Pois se a acreditar.
Se o descrente,
Um dia passa a crer,
Quem sou eu para dizer,
Que não se deve sonhar.
Porque o que ele precisava,
Era realmente entender,
Que crescer não deve,
Fazer nosso sonho morrer.