Poemas : 

O silêncio da voz inexistente

 
O silêncio da voz inexistente
Engolido pelo mar ao som do anoitecer
Num futuro que nos revela o presente
No eterno adormecer


Regozijo de uma paz falsa
Intercalada por dúvidas certas
Das pisadas de que as calca
Nas paragens incertas


Eu me confundo
Eu me desmando
Entre o ópio do mundo
Mascarado de promessas


Me prostituo aos senhores
Do poder sem valor
Na recusa de me oferecer
Entre causas perdidas
Onde tudo me anoitece
Como novo recorrer
De um círculo
Escravo no que escrevo
Perdido ao ser reconhecido
Pelo intransigente
Falhando em cada propósito
Em que a liberdade me negou
Como filho pródigo
Eu me envergonho do mundo
Sem o mundo se poder envergonhar de mim
No amor que me abraçou
De viver assim
No vómito da hipocrisia
entre o silêncio da voz inexistente

 
Autor
Marujo
Autor
 
Texto
Data
Leituras
664
Favoritos
0
Licença
Esta obra está protegida pela licença Creative Commons
1 pontos
1
0
0
Os comentários são de propriedade de seus respectivos autores. Não somos responsáveis pelo seu conteúdo.

Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 28/04/2011 11:00  Atualizado: 28/04/2011 11:00
 Re: O silêncio da voz inexistente
O SILÊNCIO NOS DIZ TUDO DEIXO MEU ABRAÇO.

MARTISNS