São botas e botins,
moedas jogadas ao acaso,
sentimentos de fogo de vida,
dançar por dançar,
de olhos bem fechados,
nos nossos vales d'alma,
risos ao acaso,
só porque sim...
e porque não,
é prenderem se com aloquetes,
é perder a chave,
é perder as regras,
é sonhar no sonho,
é desejar no desejo,
é encaixar corpos,
é encaixar vidas,
é perdurar batidas,
e ao som
das pulsações aceleradas,
se escreve com botas e botins,
espalhados pelo chão,
a voar,
em clichés de movimentos,
que só repetem,
os dizeres de tantos anos,
em que no meio de guerras,
no meio de reis e ditadores,
democratas e puritanos,
foram-se pintando em corpos e corpos,
até os corpos deixarem de ser corpos,
e a dança se fazer nos sepulcros,
aqueles que só a meia noite,
num luar de lua cheia,
se formos a um cemitério amaldiçoado,
veremos almas brancas,
a esvoaçar no ar,
e simplesmente...
a dançar,
pela VIDA.
Alexander the Poet