O BEIJO DA MORTE
O moço Zequinha
Amava a priminha
Com toda a afeição
Leonor também tinha
O primo Zequinha
Em seu coração
Mas seus pais souberam
E ja desfizeram
Os seus sonhos em flor,
Tristonhos choraram
E os dois se apartaram
Morrendo de amor
Foi passando o tempo
Até que uma noite
De lindo luar
Leonor despertando
Ouviu soluçando
Seu primo a chamar,
Correu até a rua
E no clarão da lua,
Com espanto encontrou
Seu primo morrendo
E nos lábios o veneno
Que ele tomou
Leonor comovida
Seu corpo sem vida
Chorando abraçou
E ouvindo seus gritos
No azul do infinito
Até a lua chorou
E vendo o veneno
Nos lábios correndo
Beijou pra morrer
A morte quiseram
Por que não puderam
Ausente viver
Quando os pais chegaram
A lua prateava
Dois corpos no chão
Morreram abraçados
Com os lábios colados
Na eterna união
E a luz matutina
Mandou a neblina
Cobrir com seu véu
Dois corpos que a sorte
Com o beijo da morte
Subiram pro céu
Obs. Esta música foi composta por José Fortuna e Osvaldo Aude em 1.956 e gravada em 78 Rotações, em junho do mesmo ano pela gravadora Mocambo, sob o nº 15.099.
verde
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