Por favor não vás…não vás…
Não te ausentes…não vás…
Porque queres cair nesse mundo tão teu,
Que tantas lágrimas espalhou pelo espelho da minha felicidade?
Não vás…não vás…
Mantém-te perto, mantém-te em sonhos, em pensamentos
Não te esquives á felicidade, não negues a alegria
O arco-íris também desaparece…
O nevoeiro começa a envolver-te e tu finges não ser suficiente
Finges não ser capaz, não te enganes, não caias na ilusão
Estás a agredir-te, és vítima de ti mesma
Necessidade de sofrer? Comodismo? Aceitação?
Não tem de ser assim, nunca teve de ser assim,
E nem sempre o caminho mais fácil é o mais seguro
Vejo-te desvanecer, sinto-te de forma leve
Leve como sempre foi transportares o meu coração,
Objecto, sim objecto que nunca teve peso suficiente
Para ser considerado importante, para que o desejasses ter
E tu tiveste-o meu anjo, mas faltou o desejo,
Faltou tudo, faltou nada e um pouco mais
Ou será que faltas-te tu? (como estás a faltar agora)
Dói, dói tanto aperceber-me desta ausência progressiva
Não vás…por favor não vás…
Desapareces, o silêncio e a solidão abraçam-me
E começo a sentir o peso da saudade
Começo a sentir que tudo é cinzento
Porque te vejo mergulhar nessa cor
Porque te vejo satisfeita com lágrimas
Porque te vejo como nunca te vi
E por isso te peço que…
Não vás…
(Ao menos sinto o teu perfume, sei que vou encontrar-te)
M.O.
Márcio André Alves Oliveira (M.O.)