Terra rasgada de prantos
Que se incendeiam de luz
Num palpitar de encantos
Que ao homem tanto seduz
Terra onde todos nascem
Seja em que lugar dela for
Nela assim todos morrem
Sempre com o mesmo amor
Ó Terra
Que observas o caminhar da tua gente
Sofres com ela o seu sentido penitente
Ó Terra
Que desencadeias o sublimar do presente
Sofres o rigor de quem de ti está ausente
Ó Terra
Que és lugar onde pisamos teu solo saliente
Sofres então todo o sofrer por seres vidente
Ó Terra
Que tanto amargas o mau trato incongruente
Sofres demais pela humanidade que tanto mente
Te acalmas terra perdida
Ou te envaideces tratada
Te enfeitas então bonita
Por seres de todo amada
Nos acolhes neste mundo
Onde nascem muitos lares
E num gesto bem profundo
Te abres para tanto dares
Ó Terra
Bendita sejas para toda a sociedade
Em ti todos vão em busca da felicidade
Ó Terra
Te vislumbro soberba sem mais avaliação
Sentindo-o no bater de um simples coração
António MR Martins
2011.04.22
António MR Martins
Tem 12 livros editados. O último título "Juízos na noite", colecção Entre Versos, coordenada por Maria Antonieta Oliveira, In-Finita, 2019.
Membro do GPA-Grupo Poético de Aveiro
Sócio n.º 1227 da APE - Associação Portugues...