Se vais, não olhes para trás...
Que o vento te ajude.
A mim apenas a verdade apraz,
As mentiras, nunca pude!
Não esperarei por quem foge
Da verdade que alimenta este destino
Torto, mas belo amanha, ontem, hoje.
Varrerei em peito libertino.
Porque sou único,
Num mundo cheio do mesmo
Chama-me cínico,
Fui quem te amou até ao teu abismo!
Porque creio no que apregoo,
Sangrarei para o defender,
Contra vulgaridade, pobreza, esse duo,
Beberei vida antes e depois de morrer!
Pois serás tu quem cairá ao lado
Da verdade que tanto apregoaste.
Escusas de bracejar, hoje nesse dia calado,
A fria noite dos espíritos que magoaste.
Porque eu sou seu filho,
Alimento-os com orvalho da minha vontade,
a melhor oração,
Não olhes para trás, não deixes rastilho.
Foste a minha metade,
Já vai livre o meu coração.