Numa tarde como esta, com a chuva lá fora,
e o céu carregado, com nuvens esgarçadas,
cheiinhas de água, o tempo eis não demora,
deixando para trás as terras, todas molhadas.
Chove copiosamente e as flores dobram-se,
para se proteger da bátega da chuva grossa,
e os animais, procurando refúgio, cobram-se
à vez, eles que procuram, a bondade da roça.
Aí protegidos, co a chuva a cair dos telhados,
vêem os relâmpagos, que assola todo o céu,
e enrolados uns nos outros, assaz molhados,
cada um se protege, com tudo o que é seu.
E adormecendo, ao som da trovada, parece
que os ruídos estão cada vez mais na lonjura…
E de repente vislumbra-se um casal em prece,
por trás da janela, suplicando o fim da tortura.
Jorge Humberto
21/04/11